terça-feira, 25 de outubro de 2011

A pior escolha

Emerson Leão é o novo técnico do São Paulo. Das opções elencadas desde a saída de Adilson Batista, para mim, Leão era a pior. Técnico ultrapassado em termos táticos e motivacionais, figura arrogante, acumulou ódio por onde passou e, na minha opinião, o SPFC só pôde ser campeão da Libertadores e do Mundial em 2005 porque ele (numa história muito mal contada, diga-se de passagem), resolveu abandonar o time e ir para o Japão antes da fase de mata-mata da competição sul-americana.

A escolha de Leão é mais uma demonstração da falta de rumo da diretoria são-paulina. Pode até funcionar para este final de ano. Em termos percentuais, o desempenho de Leão é o melhor dos técnicos são-paulinos da última década. No entanto, seu sucesso agora significa uma renovação de contrato para 2012, o que seria trágico. Afinal, trata-se de um treinador com notório “prazo de validade”, pois jamais consegue passar por um clube sem se indispor com alguns atletas, ou mesmo com todo o elenco. Logo, o sucesso de Leão agora (conseguir a classificação para a Libertadores) sugere um fracasso iminente no próximo ano (eliminação precoce daquela competição, dado seu prazo de validade, e provável sacrifício do resto do ano). Mas, o insucesso de Leão agora (não levar o time para a Libertadores) também sugere um fracasso no próximo ano (ficar mais um ano fora da principal competição interclubes da América, ter que iniciar outro trabalho, com outro técnico, em 2012). Como se vê, o SPFC está num beco sem saída. Mais um causado por sua diretoria e, sobretudo, seu presidente, que cada vez mais, mancha a história que construiu no período do tri-campeonato brasileiro.



terça-feira, 18 de outubro de 2011

SPFC: uma nau à deriva

Decidi esperar um pouco para escrever sobre a saída de Adilson Batista e o momento que vive o São Paulo. Em primeiro lugar, porque estou bastante ocupado nestes dias. Em segundo, e mais preocupante para nós torcedores, porque pouco há de novo a se dizer. E o que há, não é muito agradável.

De fato, vale constatar – o leitor pode ver no histórico do blog aqui ao lado – como alguns posts sobre o SPFC se repetem, mudando apenas os nomes do treinador da vez. Que o clube está à deriva há alguns anos, isso não é novidade para ninguém. E a culpa, todos sabem, é do senhor à direita da foto, que conseguiu afundar o bom trabalho que fez em seus primeiros anos de gestão à frente do clube em nome de vaidades pessoais e da perpetuação no poder. O antigo clube “diferenciado” está cada vez mais igual aos outros. Ou pior. O último lance desse movimento foi demitir Adilson Batista ainda nos vestiários de Goiânia, após a derrota para o Atlético/GO. Não que Adilson não merecesse ser demitido. Pelo contrário. Aliás, não deveria sequer ter sido contratado. Mas, a forma como foi dispensado, não me parece digna de um clube que se pretende “moderno”. Até porque, como ficou claro pelas recentes declarações do presidente, a demissão já estava traçada desde antes do jogo. Convocar uma entrevista na segunda-feira e anunciar sua saída, me parece, seria mais digno, inclusive com a pessoa Adilson Batista.

Dentro de campo, o SPFC padece de um mal que o assolou muito no final dos anos 90 e início dos 2000. O time é completamente apático. Ganhe ou perca de 3 X 0, a atitude dos jogadores em campo, salvo raríssimas exceções, é sempre a mesma. Pode-se dizer, sem medo, que é um time amarelão e pipoqueiro, para usar os termos consagrados no futebol. Com as peças que temos, daria para fazer um pouco mais. Pelo menos jogar com um pouco mais de vontade. Mas, a maioria dos jogadores não demonstra nenhum interesse nisso.

Mas, agora, resta ver o que o “jênio” que comanda o SPFC vai aprontar. Quem será o novo técnico, e quais serão os próximos passos do time no Brasileirão e na Sul-americana. Em minha opinião, o melhor seria deixar o Milton Cruz até o final do ano e esperar a movimentação do mercado após o término do Brasileirão. Mas, de qualquer forma, o fato é que um futuro cada vez mais obscuro se avizinha pelos lados do Morumbi.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Libertadores deve ser o foco. Título só por milagre

Após o empate desta noite contra o Cruzeiro, embora jogando bem (inclusive Adilson, justiça seja feita, foi bem hoje), com exceção à zaga, que esteve irreconhecível, o São Paulo praticamente dá adeus ás chances de título. Na verdade, em minha opinião, deu adeus no último domingo, contra o Flamengo, no Morumbi lotado pela volta de Luis Fabiano; um jogo em que não podia jamais pensar em perder. Ali, faltou atitude, espírito de campeão. O mesmo que havia faltado, por exemplo, no clássico contra o Corinthians, quando o tricolor teve tudo para afundar o rival e não foi competente o suficiente para fazê-lo. Agora, pode perder o título justamente para ele.

Enfim, agora resta aguardar o desfecho da rodada no final de semana e começar a fazer contas. Para mim, o mais plausível será se concentrar na conquista de uma das vagas para a Libertadores do próximo ano, antes que fiquemos também sem ela. O título, se vier, será um milagre.