segunda-feira, 21 de julho de 2014

É disso que o futebol brasileiro precisa?

Quem esperava alguma sinalização de mudança após o fiasco da seleção brasileira na Copa do Mundo, certamente se decepcionou com os últimos acontecimentos no reino da CBF. Sabidamente, uma mudança radical exigiria, como primeiro ato, a saída da cúpula que comanda nosso futebol – algo que todo mundo sabe que não acontecerá num futuro breve. No entanto, alguns passos mínimos, ainda que restritos ao âmbito da seleção brasileira (única coisa que interessa a Marins e Del Neros da vida), poderiam dar fôlego àquela esperança. Mas, o que vimos, em minha opinião, foi seu sufocamento.

Primeiramente, com a escolha de Gilmar Rinaldi como coordenador geral de seleções. Retomando a pergunta que motiva o post: é de um coordenador como Gilmar que nosso futebol precisa? A resposta, a meu ver, é negativa. E explico o porquê.

Empresário de atletas até a véspera de sua indicação, e tendo como única experiência uma passagem rápida e não muito feliz pelo Flamengo no distante 1999, o ex-goleiro do rubro-negro carioca e do São Paulo não me parece um nome adequado para a função, justamente pelo evidente conflito de interesses entre sua carreira pregressa e sua nova função. Não se pode esquecer que seu grande feito na passagem pelo Flamengo foi ter “descoberto” dois jogadores dos quais viria a ser empresário tão logo saísse da Gávea: o atacante Adriano e o zagueiro Juan.

Não quero dizer que isso vá acontecer novamente; tampouco estou insinuando que Gilmar seja pessoa de caráter duvidoso. Longe disso. Mas, como diz o ditado, não basta ser honesto, é preciso parecer. E é claro que qualquer atitude que minimamente sugira um favorecimento futuro do ex-empresário ou de atletas a ele ligado, será vista com enorme desconfiança por parte dos torcedores e da imprensa. E num momento de extrema falta de credibilidade do futebol brasileiro, o que menos precisamos é que esse tipo de suspeita fique pairando no ar...

Para se somar a Gilmar, a CBF anuncia amanhã o retorno de Dunga como novo técnico da seleção. Referindo-me mais uma vez à pergunta título desta postagem: é Dunga o técnico para este momento delicado do futebol brasileiro? Antes de uma resposta, é preciso refletir.

Por um lado, é verdade que a seleção de Dunga foi possivelmente a melhor que vimos depois de 2002. A mais sólida e a mais competitiva. Apesar de erros crassos em suas convocações (de Afonso Alves à ausência de Neymar na Copa de 2010, dentre outros), Dunga montou um time que poderia ter saído vitorioso na África do Sul – o único título entre os “profissionais” que não conquistou no comando da seleção – não fosse o péssimo segundo tempo do jogo contra a Holanda. Para os mais pragmáticos, portanto, a escolha seria legítima.

No entanto, é preciso examinar algumas coisas. Em primeiro lugar, que as dificuldades daquele fatídico jogo contra os holandeses, em 2010, foram, em grande parte, frutos diretos de erros do próprio Dunga. Afinal, foi ele quem levou para aquele mundial, por sua própria vontade, por estar “preso” a alguns jogadores, um banco de reservas visivelmente abaixo da média – portanto, potencialmente inoperante em caso de alguma dificuldade, como se comprovou naquela quarta-de-final. Some-se a isso o fato de que  o único trabalho de Dunga nos últimos quatro anos, no Internacional em 2013, tenha sido um retumbante fracasso. Deste ponto de vista, mesmo a visão pragmática que justificaria a escolha do capitão do tetra pode ser contestada.

Além disso, há aqueles que defendem a escolha de Dunga pela isonomia com que tratou os meios de comunicação durante sua passagem como técnico da seleção. Trocando em miúdos: não concedeu privilégios à Rede Globo. Naturalmente, essa postura me agradou. Mas, por si só, essa posição – cujo caráter extraordinário, aliás, demonstra que o buraco do nosso futebol é mais embaixo – não basta. A meu ver, é preciso mais para conduzir a seleção brasileira.

Nesse sentido – e é este o ponto que mais me incomoda – me parece claro que o problema da seleção, e em grande parte, do futebol jogado em nosso país, é principalmente de ordem conceitual. Precisamos, há tempos, desenvolver um novo conceito de futebol, que absorva o que temos (ou tivemos) historicamente de melhor – o talento individual, a capacidade de drible e improvisação – com as exigências táticas do futebol contemporâneo. Uma nova cultura de jogo e de compreensão do esporte. Para isso, é preciso treinamento, estudo, aperfeiçoamento, trabalho duro. Até porque, há de se reconhecer que nossa safra não é das melhores (uma das expressões mais bem acabadas, diga-se, dos problemas estruturais de nosso futebol, os quais não temos condições de examinar aqui, mas que são bem conhecidos por todos – um deles, aliás, foi mencionado en passant no parágrafo anterior).

Ora, me parece que, ao resgatar Dunga, a CBF se encaminha em sentido oposto: fecha os olhos para a necessidade de uma revisão conceitual de nosso futebol – algo que Dunga demonstrou não ter condições de fazer - em nome de uma estratégia imediatista, semelhante àquela adotada por Felipão no último período: apostar no poder da camisa amarela, na mística da seleção brasileira, no “nós contra eles”, no futebol como guerra. Troca-se o trabalho por um atalho. Pode dar certo? Em termos de resultado, sim. É futebol, é um jogo, e a seu modo, o futuro time de Dunga pode se encaixar, ganhar confiança e conquistar seus objetivos. Mas, outra vez, é preciso voltar à questão central: é isso o que precisamos, pensando no papel que a seleção brasileira poderia ou deveria desempenhar na formatação geral de nosso futebol? Neste caso, não vejo como responder, senão negativamente.

De tudo isso, a conclusão que se impõe é clara – e infeliz: estamos, mais uma vez, desperdiçando uma oportunidade de ouro de recuperar o prestígio e o brilho de um dos maiores patrimônios culturais do povo brasileiro.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Notas sobre política internacional

Líderes dos Brics e da Unasul, na reunião de Fortaleza
Semana agitada no cenário político internacional. Ao mesmo tempo em que os ventos da mudança sopram desde o sul, velhos conflitos se aprofundam. 

Brics – comecemos pelo lado positivo. A reunião dos Brics (agrupamento de países que reúne o Brasil, a Rússia, a China, a Índia e a África do Sul) ocorrida nesta semana, em Fortaleza, trouxe a esperança de que uma nova ordem mundial está nascendo. Afinal, o principal fruto dessa reunião foi a criação de um Banco de Desenvolvimento, que servirá de contraponto às instituições financeiras já existentes, como o Banco Mundial e o FMI - hegemonicamente controladas pelos Estados Unidos e pelos países da Europa central. Um dos aspectos mais importantes do novo banco é que todos os países fundadores (os membros dos Brics) têm o mesmo poder, uma vez que o número de ações é o mesmo para cada membro (cada país entrou com uma cota de US$ 10 bilhões).

Cabe ressaltar que a proposta do Banco dos Brics é, sobretudo, financiar obras de infraestrutura em países emergentes – ou seja, não apenas os membros do grupo. Isso significa uma possibilidade de financiamento para países em desenvolvimento, que não recebem crédito suficiente das principais instituições financeiras internacionais. Nesse sentido, também nesta semana, um primeiro passo foi dado: no dia seguinte à criação do novo organismo financeiro internacional ocorreu, em Brasília, um inédito encontro entre a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e os presidentes do Brics. A reunião teve como finalidade apresentar os benefícios e possibilidades que o recém-fundado Banco de Desenvolvimento tem a oferecer aos países da América do Sul.

Ou seja, a política de integração dos países emergentes ganha um novo pilar de sustentação. Trata-se, sem dúvidas, do início de uma nova configuração na ordem política mundial: multipolar, pacífica, democrática e inclusiva. Uma ordem na qual os países emergentes, do “sul”, reafirmam sua busca por autonomia em face da hegemonia econômica e política dos EUA e da Europa.

Genocídio em Gaza – ao mesmo tempo em que a esperança de uma nova geopolítica mundial ganha força, é terrível o que tem ocorrido  novamente na Faixa de Gaza. Um verdadeiro genocídio por parte do Estado de Israel contra a população palestina - a grande maioria civil, que sequer tem condições de se defender. Um massacre, um crime contra a humanidade! Agora, para piorar, Israel deu início a uma ofensiva por terra, e o número de vítimas tende a aumentar ainda mais. Um desastre humanitário absoluto!

Diante disso - e do sentimento de impotência que nos acomete as imagens chocantes da covardia israelense - este blog se soma às milhões de vozes espalhadas pelo mundo que exigem o imediato cessar fogo israelense, e conclamam por um Estado palestino livre! Apenas assim, com o território da Palestina legitimado, o infindável conflito naquela região poderá ter fim, e teremos paz.

Queda do avião da Malaysia Airlines – para terminar, o ainda obscuro caso do abatimento do avião da Malaysia Airlines. Ao que tudo indica, o ocorrido trará grandes consequências diplomáticas, especialmente para a relação entre Rússia, Ucrânia e EUA. Contudo, é preciso aguardar o desenrolar dos fatos. Há ainda muito disse-me-disse. Suspeita-se, por exemplo, que o alvo não seria o avião malaio, lotado de civis, mas o jato em que viajava o presidente russo, Vladimir Putin. Teria havido, portanto, um "engano" - que, no entanto, custou quase 300 vidas!

O fato é que, seja quem for o culpado por essa barbárie, merece punição. Apenas espero, porém, que, para isso, outros tantos crimes não sejam cometidos.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

4 anos de blog!

Nesta semana, o blog completa quatro anos ininterruptos de existência! Antes de tudo, gostaria de agradecer enormemente a todos os leitores e leitoras, conhecidos ou desconhecidos, que passaram ou continuam passando por aqui neste período, que deixaram seus comentários, seus elogios e críticas (muito mais elogios do que críticas, digo sem falsa modéstia), que “curtiram” as postagens no Face, que compartilharam. É realmente gratificante este retorno!

Quando comecei este espaço, queria construir um lugar onde pudesse escrever sobre os mais variados assuntos de meu interesse, de um ponto de vista bastante particular, e sem maiores preocupações de ordem técnica ou acadêmica. Lá em 2010, o blog foi bastante alimentado, no início, pela acirrada disputa eleitoral daquele ano, que consagraria a vitória da presidenta Dilma Rousseff. Neste ano, novamente, passada a Copa, é hora de voltarmos nossa atenção para as eleições. Claro que, no próximo período, postagens sobre outros assuntos já recorrentes por aqui, da filosofia ao futebol, passando pela música, cinema, poesia ou questões do cotidiano, se farão presentes. Mas, inegavelmente, a tendência é uma concentração maior naquele que, sem dúvida, é o assunto mais importante para nós, brasileiros, neste ano de 2014.

E embora já saiba que, por conta de motivos profissionais, o tempo disponível será exíguo nos próximos meses, farei o possível, como sempre, para atualizar o blog com frequência. Assim, convido a todos os amigos e amigas a seguirem prestigiando o Filosofia e coisas da vida. E, aos que o fizeram até aqui, novamente, meu muito obrigado!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Parabéns, Alemanha!

Numa final emocionante, a Alemanha se sagrou tetracampeã do mundo de futebol. Confesso que torci para a Argentina nesta decisão, e entendo que os sul-americanos tiveram as melhores chances para definir a partida. Não o fizeram, e o jovem Mario Götze foi implacável no segundo tempo da prorrogação. Título justo pelo conjunto da obra alemã. A taça da Copa das Copas (aquela que diriam que não aconteceria, lembram?) está em boas mãos!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A Copa, a final e a cartinha da dona Lúcia

A verdade é que organizamos uma Copa extraordinária! Inesquecível, elogiada por todos, a Copa do Mundo provou, para quem quisesse ver, a nossa capacidade. Vencemos o pessimismo, o complexo de vira-latas, e mostramos ao mundo que nosso país e nosso povo são fantásticos. Dentro de campo, para completar, jogos emocionantes e de alto nível. Mais ainda: chegaram à final duas seleções gigantes e merecedoras, que vão coroar brilhantemente este torneio fantástico, independente da vencedora (creio que será a Alemanha, embora torça pelo tri da Argentina).

Mas, como nem tudo é perfeito, há dever reconhecer que nossa seleção, em nenhum momento, mostrou um futebol à altura da competição que tão bem organizamos. Reflexo, sobretudo, da decadência técnica, tática, administrativa, estrutural, que há tempos castiga nosso jogo e nossa paixão. Dói, porém, constatar que, para a CBF, para Felipão e Parreira, tudo parece estar bem. A humilhação do 8 de julho de 2014, na visão dessa gente, foi um acaso, um acidente de percurso. Para eles, somos e sempre seremos os melhores pelo simples fato de que um dia o fomos. Como se a superioridade do futebol brasileiro fosse uma categoria ontológica. Esquecem que o tempo passa e as coisas mudam. Que os outros evoluem e se aprimoram enquanto seguimos sentados em nossas conquistas e em nossa (cada vez mais injustificável) soberba. A patética coletiva dada pela comissão técnica nesta quarta-feira - que apenas se comportou como submissa porta-voz de nossa cartolagem - mostra que são incapazes de aprender algo. 

Nada surpreendente, porém, para quem acompanha o futebol doméstico e conhece o espírito conservador e reacionário das pessoas que o comandam, dentro e fora das quatro linhas. Essa gente ainda vive no pretérito - e quer que nosso futebol fique por lá. Embora ultrapassados pela realidade, ainda alimentam a ilusão de que os 7 gols da Alemanha (na verdade, tudo o que eles representam e escancaram) podem ser sepultados num passe de mágica, pela "mística da amarelinha", ou pela cartinha da dona Lúcia. É mesmo a cara deles.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

4 gigantes!

E chegamos às semi-finais! 4 gigantes. Prognósticos? Praticamente impossível! Mas, vamos tentar alguma análise sobre os dois grandes jogos que decidirão os finalistas da Copa das Copas.

Brasil x Alemanha – evidentemente, a ausência de Neymar é um ponto negativo para o Brasil. A de Thiago Silva, idem. Isso, porém, está longe de conceder ao ótimo time alemão todo o favoritismo, uma vez que, a meu ver, o Brasil entrará com um gás extra nesse jogo. Desvantagem técnica compensada pela superação. Por isso, entendo que se trate de uma disputa igual: 50% de chances reais para cada lado. Fator decisivo, pensando do ponto de vista brasileiro, será como (ou se) Felipão vai conseguir armar o time sem sua principal estrela. De qualquer forma, teremos de nos desdobrar para passar. Mas, é possível.


Holanda x Argentina – embora torça para que os hermanos façam a final conosco, creio que a Holanda tem um leve favoritismo nesse confronto. Coisa de 55% a 45%. Isso porque, vejo os holandeses com um time mais equilibrado. E a ausência de Di Maria deve pesar contra os sul-americanos. Mas, quem tem Messi, sempre pode sonhar.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sobraram oito

Estamos chegando à reta final da Copa das Copas! Como fiz na fase anterior, seguem os palpites jogo a jogo das quartas de final.

França x Alemanha – sem dúvida, o jogo mais chamativo dessa fase. A França surpreendeu até aqui. Me lembro que, no ano passado, quando estava morando lá, percebia uma enorme desconfiança dos franceses (muitos nem acreditavam na classificação para a Copa!). A equipe fez um jogo difícil contra a Nigéria nas oitavas, mas passou ainda no tempo normal, o que pode fazer toda a diferença. A Alemanha deve estar mais desgastada depois do surpreendentemente duro embate contra a Argélia, decidido na prorrogação. Mas, a meu ver, tem uma seleção mais forte (apesar da teimosia de Joachim Low, que insiste com Philippe Lahm como volante, quando o mundo todo clama que ele jogue pela lateral direita, onde sempre se destacou). Puro chutômetro: passam os germânicos. Mas não sem uma alta dose de emoção. Ou seja, acho que teremos pênaltis ou, pelo menos, uma prorrogaçãzinha para descobrir o primeiro semifinalista.

Brasil x Colômbia – todo mundo sabia que o jogo contra o Chile seria difícil. O que poucos, ou ninguém esperava, é que o Brasil teria uma atuação tão abaixo da crítica, especialmente no segundo tempo e em parte da prorrogação. Acho que dificilmente repetiremos um jogo tão ruim na sequência. Além disso, a ótima Colômbia de James Rodríguez deve possibilitar um jogo mais aberto, o que pode favorecer ao ataque brasileiro. As precauções são óbvias: assim como eles deixam jogar, os colombianos também jogam. E bem. E, ao contrário de muitos, não ando muito confiante na zaga nesta Copa. Temos tomado gols bobos, que podem custar caríssimo. Contudo, Felipão sinaliza uma alteração nesse setor, adotando o esquema de três zagueiros. Para isso, sacaria Fred do time, deixando Neymar como “falso nove”. Acho que pode funcionar. Mas, confesso que me preocupou o exíguo número de treinamentos nessa semana. Depois do que apresentamos contra o Chile (e na Copa, em geral), acredito que Felipão deveria ter trabalhado mais com os jogadores (os titulares só foram treinar na quarta-feira pela manhã, 3 dias depois do jogo das oitavas!).

Há ainda a tão decantada questão emocional. Que há um problema no time, me parece óbvio, só não enxerga que não quer. Os jogadores, a meu ver, ultrapassaram o limite entre a emoção do jogo e da conquista para o descontrole. E entendo que Felipão e Parreira, com as infelizes declarações de favoritismo pleno do Brasil antes da Copa, são responsáveis diretos por esse imbróglio. O treinador sabe do problema que arrumou, e corretamente chamou ajuda especializada. Resta, enfim, saber se houve tempo hábil para a necessária recuperação, psicológica e técnica/tática. De qualquer forma, em que pesem estes problemas, e o ótimo futebol apresentado pela Colômbia até aqui, acho que o peso da camisa brasileira falará mais alto, e chegaremos às semifinais. Mas, não me surpreenderia mais com uma eliminação.

Argentina X Bélgica – à parte a questão emocional, os argentinos parecem sofrer do mesmo mal da equipe brasileira: um time não muito ajustado, apresentando um futebol abaixo das expectativas e que deposita tudo no talento de seu principal jogador. No caso de nossos vizinhos, a dependência em relação a Messi parece ainda maior do que a brasileira em relação a Neymar (que já é grande). Até aqui, meio aos trancos e barrancos, deu certo. Mas, o confronto diante da Suíça mostrou que é possível parar Messi. No entanto, mostrou também que é preciso pará-lo os 90 minutos. Ou os 120, pois uma bola, mesmo nos últimos instantes da prorrogação, pode ser fatal. E tenho dúvidas se a Bélgica tem um esquema defensivo tão forte. Contudo, seu ataque é poderoso, como mostrou o jogo contra os EUA, em que os belgas finalmente fizeram jus às expectativas criadas, antes da Copa, em relação ao time. Não fosse a atuação magnífica do goleiro norte-americano Tim Howard, o time de Hazard e cia. teria goleado. Deveremos, enfim, ter um jogo mais aberto, e cheio de alternativas. E novamente, assim como no caso brasileiro, creio que a tradição falará mais alto e a Argentina passará. Mas, uma vitória belga estará longe de ser surpresa.


Holanda x Costa Rica – em tese, o jogo mais desigual. Mas, achava que a Holanda passaria até com alguma tranquilidade contra o México, e o que vimos foi exatamente o oposto. No entanto, acho que a boa seleção da Costa Rica bateu no seu teto. Logo, os holandeses devem passar, mas deverão sofrer com a provável dura marcação dos costarriquenhos.