quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Paul Stanley - Live to win

No último dia 20 de janeiro, um grande ídolo meu, Paul Stanley, frontman do Kiss, completou 62 anos. Posto hoje essa canção, Live to win - que é de seu segundo álbum solo, também intitulado Live to win, lançado em 2006 - não apenas como homenagem a Paul, mas também porque ela reflete o momento de novos e grandes desafios que pelo qual estou passando.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

1 ano de um dia inesquecível

Há exatamente um ano, eu desembarcava em Paris para uma verdadeira aventura. 5 meses morando sozinho, em outro país, para fazer meu doutorado sanduíche. Há um poema do Paulo Leminski, dedicado a Léon Trotsky e sua esposa, que diz o seguinte: “nunca mais vai ter um dia como em Petrogrado naquele dia”. Eu poderia parafraseá-lo, dizendo que nunca mais vai haver um dia como em Paris naquele dia, 21 de janeiro de 2013. Cada detalhe, cada passo, cada movimento das minhas primeiras horas por lá, e tudo que foi envolvido desde minha partida até a chegada (por exemplo, do árduo sentimento de deixar a esposa e a família por aqui, até o encantamento por ver a neve pela primeira vez), ficarão certamente guardados para sempre em minha memória. Mais ainda: creio que, pelo caráter de ineditismo daquela experiência, jamais serão repetidos.


Quem sabe, um dia consiga relatar um pouco melhor este meu período. Escrevi um pouco neste blog, enquanto estava lá (se houver interesse, veja algumas publicações entre o final de janeiro e junho de 2013). Mas, seria preciso, agora, escrever com um olhar já distanciado. Espero um dia ter tempo. Por enquanto, apenas alimento as belas memórias daquele dia inesquecível!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

"Rolezinho", apartheid social e o grito da periferia


Desde o final do ao passado, o fenômeno dos “rolezinhos” nos shopping centers brasileiros tem causado polêmica. A princípio, nada de mais: um grupo de jovens que marca encontros para passear naqueles espaços, cantar e se divertir. O problema surge porque este grupo de jovens tem características que o afasta daquele que, até pouco tempo, era considerado o “público” dos shoppings: são negros, de periferia, com moda, estética e linguajares próprios.

Mesmo, em nenhum caso, não tendo feito nada que justificasse qualquer temor a priori, o medo se instalou entre (grande parte d)os frequentadores e comerciantes. No último final de semana, alguns shoppings de São Paulo conseguiram uma liminar impedindo a entrada de jovens em grupo “desacompanhados” e, ainda, ficando aptos a multar em 10 mil reais quem transgredisse a norma. Institucionalizaram, assim, uma nova e vergonhosa forma de apartheid social.

É verdade que, por definição, o shopping é um espaço de exclusão. No entanto, as transformações econômicas e sociais do último período fizeram com que uma parcela da sociedade que não tinha acesso a esses espaços, começasse a frequentá-los. O resultado tem sido semelhante àquele observado em aeroportos, faculdades ou outros locais até então “exclusivos” de determinados setores de nossa sociedade: um incômodo profundo e mal-disfarçado devido à presença de “estranhos”. A grande sacada do rolezinho foi escancarar abruptamente (com ou sem a intenção de seus participantes, não importa) esse mal-estar, revelando, no mesmo gesto, sua origem: o preconceito social e racial enraizado em nossa sociedade, em particular, em nossa elite e em setores da classe média.

Quando adentram os shoppings, cantando suas músicas, vestindo-se a seu modo (e, porque não tem qualquer interesse para a análise deste fenômeno, não está aqui em questão qualquer juízo sobre a “qualidade” ou não das músicas, das roupas, da linguagem etc.), esses jovens denunciam, igualmente, algo que muitas vezes, de tão habitual, não nos damos conta: a profunda “privatização” de todos os domínios de nossa vida, em especial, do espaço público das cidades, cada vez mais transferido à esfera privada e, por conseguinte, criador de cenários crescentemente excludentes, com os quais todos tendem a se acostumar – por isso, achando normal que cada setor da sociedade tenha seu lugar próprio, seu gueto; de preferência, na visão dominante, que os antagonistas sociais estejam o mais afastado possível uns dos outros.

Deflagra-se, assim, um movimento em completo descompasso com aquele de inclusão econômica que estes jovens e suas famílias vivenciaram nos últimos tempos. A contradição torna-se, então, insustentável. Mas, dado aquele preconceito latente, não surpreende que a “solução” de nossa elite seja reagir de forma a expurgar essa contradição, afastá-la de modo autoritário, e não tentar resolvê-la democraticamente.

Ora, o grito desses jovens é, no fundo, a justa manifestação por espaço – pelo espaço que, como sociedade, não damos, nunca demos, e que, agora, eles legitimamente vêm cobrar. No mesmo tom, nos evidenciam como as transformações culturais, de consciência e percepção de mundo, são mais lentas e difíceis de serem construídas do que aquelas restritas ao âmbito material.

domingo, 12 de janeiro de 2014

70 anos de Carlos Villagrán!

Neste dia 12 de janeiro, o ator mexicano Carlos Villagrán, especialmente conhecido no Brasil por interpretar o Quico, no seriado Chaves, completa 70 anos. Villagrán, aliás, foi o  único integrante do seriado que tive oportunidade de conhecer pessoalmente, há muitos anos, em espetáculo circense em minha cidade. Deixo aqui registrada minha homenagem a este grande humorista, que tanto me fez e continua me fazendo rir. Parabéns Quico!


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

2014

E 2014 chegou prá valer. Para mim, será um ano duplamente importante. Pessoalmente, porque é o ano de defender minha tese, em sua primeira metade, e encarar, desta vez de modo definitivo, o mercado de trabalho. No plano nacional, ano de eleições para presidente, governadores, Senado, Câmara dos Deputados e assembleias legislativas, de um lado; e Copa do Mundo, de outro. Aliás, essa combinação de eventos, dependendo do que acontecer nesta última (renascimento das manifestações de massa em meio aos jogos, por exemplo), pode impactar diretamente (e, possivelmente, de modo negativo), a escolha dos governantes do próximo período. Esta eventual articulação é, a meu ver, o grande ponto de interrogação deste ano.

Como tem acontecido nos últimos anos, tentarei atualizar o blog com a mesma frequência, mesmo diante de um ano que, sem dúvida, será corrido e cheio de emoções. Mas, espero que, se não todas, o que seria pedir demais, que ao menos a maioria delas seja positiva.


Bom ano a tod@s!!!