Emerson Leão é o novo técnico do São Paulo. Das opções elencadas desde a saída de Adilson Batista, para mim, Leão era a pior. Técnico ultrapassado em termos táticos e motivacionais, figura arrogante, acumulou ódio por onde passou e, na minha opinião, o SPFC só pôde ser campeão da Libertadores e do Mundial em 2005 porque ele (numa história muito mal contada, diga-se de passagem), resolveu abandonar o time e ir para o Japão antes da fase de mata-mata da competição sul-americana.
A escolha de Leão é mais uma demonstração da falta de rumo da diretoria são-paulina. Pode até funcionar para este final de ano. Em termos percentuais, o desempenho de Leão é o melhor dos técnicos são-paulinos da última década. No entanto, seu sucesso agora significa uma renovação de contrato para 2012, o que seria trágico. Afinal, trata-se de um treinador com notório “prazo de validade”, pois jamais consegue passar por um clube sem se indispor com alguns atletas, ou mesmo com todo o elenco. Logo, o sucesso de Leão agora (conseguir a classificação para a Libertadores) sugere um fracasso iminente no próximo ano (eliminação precoce daquela competição, dado seu prazo de validade, e provável sacrifício do resto do ano). Mas, o insucesso de Leão agora (não levar o time para a Libertadores) também sugere um fracasso no próximo ano (ficar mais um ano fora da principal competição interclubes da América, ter que iniciar outro trabalho, com outro técnico, em 2012). Como se vê, o SPFC está num beco sem saída. Mais um causado por sua diretoria e, sobretudo, seu presidente, que cada vez mais, mancha a história que construiu no período do tri-campeonato brasileiro.