21 de outubro de 2015. Um dia
aguardado por muitos amantes do cinema. Em especial, para aqueles que foram
crianças ou adolescenters entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990.
Afinal, é nessa data que Marty McFly, herói daquela época,
“chega ao futuro”, junto com o Dr. Emmet Brown e seu inesquecível DeLorean convertido
em “máquina do tempo”, na segunda parte da trilogia De volta para o futuro. É verdade que, em certos aspectos, o
cenário atual é bastante diferente daquele imaginado no filme: não há carros ou
skates voadores (os hoverboards), os
calçados não se amarram sozinhos, nem as roupas têm função de auto-ajustamento
e auto-secagem. E, felizmente, as pessoas não usam duas gravatas ao mesmo tempo!
Por outro lado, drones, aparelhos operados por comando de voz, grandes
monitores de tela plana, TVs com função multicanais, teleconferências, computadores
portáteis (tablets), videogames que
funcionam a partir de movimentos físicos, já são coisas corriqueiras. Ademais, a
sociedade tecnocrática, a obsessão pela carreira profissional, a vida mais
estressante, também são traços registrados no filme e, para nosso azar, bastante familiares aos nossos tempos...
Mas, independentemente dos
acertos e erros de previsões – ou, talvez, precisamente pela possibilidade de
haver erros e acertos nesse tipo de exercício especulativo – a “tese
filosófica” que perpassa a trilogia (sim, ela existe!), e que Dr. Brown enuncia ao final da terceira parte, permanece intacta, e
deve sempre ser lembrada: nosso futuro não está escrito; somos nós quem o
fazemos, a cada instante, desde nossas mínimas ações – para o bem ou para o mal. O que faremos de nós, então?