Depois de um período de inatividade, provocado pela minha mudança para a Bahia, é hora de retomar a atividade no blog. Durante este quase um mês em que deixei de publicar, como se sabe, muita coisa ocorreu em nosso país. Desnecessário enumerá-las aqui. O que vale registrar é que, em sua maioria, as notícias são negativas. E, confesso, embora minha vida pessoal/profissional esteja caminhando bem (em que pese a ausência momentânea de minha esposa, mas isso é outra história) escrevo este texto tomado de certo desânimo.
Sim, recentemente houve a (tardia) prisão de Eduardo Cunha. Sim, o movimento corrente das escolas ocupadas é uma bafejada de ar fresco nas lutas sociais. No entanto, ainda é muito pouco. Como disse no post anterior a este, escrito no início de outubro, as eleições deste ano cristalizaram a esquerda em uma posição claramente defensiva. Não apenas em relação ao resultado eleitoral, mas – o que é mais preocupante – do ponto de vista da batalha de ideias. Basta ver as pautas dos vencedores para constatar que houve uma perda “cultural” dos setores progressistas em relação aos temas que lhe são caros.

Desalentador? Sem dúvida. E admito que não me agrada escrever posts nesse nível de pessimismo. Mas, convenhamos, está difícil enxergar qualquer luz no fim do túnel. A menos que seja a de um trem desgovernado vindo em nossa direção...