El Malécon, avenida principal da capital, Havana. |
No início de abril, completou-se um ano da primeira
viagem internacional que Angelica e eu fizemos – justamente, a da nossa lua de
mel. Depois de muito pensar, fazer contas, ver fotos, pesquisar hotéis etc., o
destino escolhido foi Cuba. Pouco usual para a maioria (várias pessoas nos
perguntavam: “Cuba? Mas por quê?”), e com certo receio, seja porque nunca
tínhamos viajado para fora do país, seja porque líamos muita besteira na
internet a respeito da “seriedade” do local (sobre não cumprirem acordos de
reserva, translado etc.), decidimos arriscar. E, antes de prosseguir, já posso
adiantar: se, por preconceito ou divergência ideológica, você acha que Cuba é
uma espécie de inferno na Terra, só posso dizer uma coisa: você não sabe o que
está perdendo! Não que tudo seja perfeito, claro (vou relatar alguns problemas da
ilha ao final do post). Mas, se alguma vez passar por sua cabeça a hipótese de
conhecer um lugar paradisíaco, de paisagens naturais de cair o queixo, com
gente simpática e cheia de história (em todos os sentidos), não tenha dúvidas: Cuba
é o lugar.
O que pretendo fazer, neste e no próximo post, é apenas um
relato geral de nossa experiência, a partir do meu ponto de vista que,
acredito, é basicamente semelhante ao de minha esposa.
Preparação de mojitos em La Bodeguita del Medio, um dos principais bares de Havana. |
Como era nossa lua de mel, e nossa primeira viagem para o
exterior, decidimos acertar tudo quanto possível ainda aqui no Brasil. Em
geral, o pacote básico para Cuba inclui duas ou três noites em Havana, capital
do país, e três ou quatro em Varadero, principal destino turístico da ilha. Por
sugestão da funcionária da agência, acrescentamos, meio às cegas, duas noites
numa cidade, Cayo Largo, além de mais uma noite em Varadero. No total, seriam
quatro noites nesta última, duas em Cayo e três na capital. Além disso, nas
duas primeiras cidades, teríamos o serviço all-inclusive,
em que todo consumo de comida e bebida já está pago no valor total do pacote.
Apenas em Havana teríamos a pensão mais tradicional, apenas com café da manhã.
Por fim, por estarmos em lua de mel, a funcionária da agência de turismo solicitou,
junto aos nossos hotéis, algum tipo de “mimo” pela ocasião. Mas o aceite ou a
recusa desse pedido, só saberíamos in
loco.
No Brasil, a companhia aérea responsável pelo trajeto São
Paulo-Havana é a panamenha Copa Airlines. Daí, inclusive, que os voos para Cuba
são feitos com escala (rápida, pouco mais de uma hora) no Panamá. A viagem é,
sem dúvida, cansativa: praticamente 12 horas. Além disso, como não ficaríamos imediatamente
em Havana, após chegar à capital cubana, teríamos de enfrentar ainda mais duas
horas de carro até Varadero. Para se ter uma ideia, saímos do Brasil às 5 da
manhã e chegamos no hotel às 18h, sendo que, em Cuba, naquele momento (antes de
começar o horário de verão no hemisfério norte), havia um fuso de duas horas a
mais em relação ao nosso horário.
A percepção de que a viagem seria inesquecível começou,
por incrível que pareça, já na alfândega. O funcionário da vigilância
sanitária, ao perceber que éramos brasileiros, soltou a frase: “Brasileiros?
Ah, então podem passar!”. E lá fomos nós para nossa primeira parada.
Vista do hotel Meliá Las Américas, em Varadero. |
Varadero é uma pequena cidade que, a bem da verdade,
tornou-se praticamente um resort
turístico. Lá, fiicamos no hotel Meliá
Las Américas. Absolutamente fantástico, diga-se de passagem. Bela
estrutura, piscinas, bares, restaurantes, salão de eventos, quartos espaçosos. O serviço de all-inclusive era uma tentação constante
(aquela coisa de querer experimentar todos os drinks possíveis, as comidas, os
frutos do mar, as porções etc.). Além disso, ao chegarmos, fomos recebidos com
um bilhete de cumprimentos pelo casamento, lençóis em formato de cisne e, de
quebra, ganhos um coquetel e um jantar romântico de luxo num dos restaurantes
do hotel, com direito à orquestra, atendimento VIP etc. a solicitação de mimos
pela lua de mel tinha dado certo. Mas, caipiras que somos, mal sabíamos como
nos comportar nessas ocasiões rs.
Quanto à paisagem, fica difícil até de descrever. A areia
branca, e os tons de azul da água, que se misturam, são de impressionar. Você
se sente dentro de um cenário de photoshop
natural rs. No segundo dia, tivemos a oportunidade de passear de veleiro pelo
oceano (passeio, aliás, também incluso no valor total que já tínhamos pago, mas
que só fomos descobrir lá). Sensação indescritível de contato com uma natureza
exuberante.
Também indescritível era a tranquilidade de poder ir à
praia (que era na frente do hotel), deixar suas coisas nas cadeiras espalhadas
pela areia, e ter a certeza de que elas estariam lá, mesmo que depois de horas
de ausência.
Varadero |
Encontramos um casal de brasileiros na saída do hotel,
quando partíamos para o próximo destino, depois de termos encontrado uma
família também hospedada ali. No entanto, uma “reclamação” que ouvimos dos
cubanos foi em relação ao pouco número de brasileiros que visitam a ilha. De
fato, há muitos latinos lá, especialmente argentinos (além de canadenses e
europeus), mas, comparativamente, poucos brasileiros – por quem, aliás, e como
já tinha percebido em nossa chegada, eles nutrem um grande carinho, seja por
nossas novelas (que eles adoram), seja, mais recentemente, por conta do ex-presidente Lula.
Passados quatro dias de êxtase, uma van nos pegou
(exatamente na hora marcada, diga-se de passagem), para nos levar ao aeroporto.
Dos três, o próximo destino seria o mais incerto para a gente: Cayo Largo.
Uauuuuuuuuuuuuu!!!!!! Vinicius que maravilha, não conheço Cuba, mas minha filha sim e tem todos os elogios desse país. beijos companheiro
ResponderExcluirAcho que posso acrescentar a minha opinião sobre Varadero: sensacional!
ResponderExcluirVc esqueceu de falar do passeio de pedalinho pelo mar (tb incluso no pacote), do teatro, do saguão do hotel com piano, de quando se apaixonou pelo "mojito"...
São tantas lindas recordações que com certeza jamais esqueceremos!
Angelica
É verdade! Inesquecível mesmo!
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