Muita água ainda passará por
debaixo da ponte até o dia 12 de junho de 2014, quando Brasil e Croácia derem início
à Copa do Mundo. Fase das seleções, eventuais cortes por lesão etc. Por isso,
acho precipitado tecer um prognóstico mais minucioso sobre o torneio desde
agora. Contudo, após o sorteio de ontem, algumas rápidas observações já podem
ser feitas.
Seguindo a opinião quase unânime, também creio que o Brasil teve sorte e caiu em um grupo que, se não é “baba”, também
está longe de trazer grandes dores de cabeça. O México, talvez o adversário
mais perigoso, especialmente por seu retrospecto contra nossa seleção, se
classificou aos 30 minutos da prorrogação. Camarões vive em meio a um ambiente
turbulento e seu principal astro, Samuel Eto’o, já não é mais o mesmo. E a
Croácia, classificada na repescagem europeia, não parece ter time para repetir
o feito de 1998, quando chegou em terceiro lugar no mundial da França. Assim,
imagino que não teremos problemas (7 a 9 pontos de previsão), ficando
absolutamente em aberto a disputa pelo segundo posto.
O grupo B, que cruz com o do
Brasil, sim, traz problemas. Pensando em oitavas de final, tanto Espanha quanto
Holanda seriam paradas duríssimas, mesmo se ambas não estejam no mesmo nível de
2010, quando decidiram o Mundial, com vantagem para os espanhóis. De qualquer
forma, seria jogo entre grandes, o que é sempre arriscado. Vale ainda lembrar
que, em 2010, a Holanda também não era franca favorita e, quando pegou o
Brasil... Por isso, não seria nada ruim que o Chile desbancasse uma das
favoritas deste grupo, e nos enfrentasse no primeiro jogo eliminatório. Até
porque, depois,a tendência é só vir
pedreira.
No mais, o critério adotado pela
Fifa, que fez Colômbia, Bélgica e Suíça cabeças de chave, a meu ver,
desequilibrou os grupos. O grupo D, sem dúvida, é o mais complicado, com três campeões
mundiais (Uruguai, Itália e Inglaterra). Embora torcendo pela celeste, creio
que os europeus tenham mais chances de se classificar. O grupo G, com Alemanha,
Portugal e EUA também não será fácil. No mais, não creio que haverá grandes
surpresas, e os grandes, como Argentina ou França, deverão passar em primeiro.
Por fim, já adianto que adoraria
ver uma final (plenamente possível pelo chaveamento) entre Brasil e Argentina.
Seria o coroamento dessa Copa que, todos esperamos, será uma das melhores de
todos os tempos.