Depois de um longo hiato sem tentar escrever poesia, deixo com vocês um pequeno exercício de libertação da alma. Porque, parafraseando alguém, se a arte não salva a vida, salva o instante.
***
Até quando?
Viajei com a mala
repleta de sonhos
Mas retorno
com um vazio de esperanças
Abstrato
Acordo, ergo a cabeça, olho para o lado:
apenas móveis velhos
fora do lugar...
Até quando será possível
suportar
o acúmulo trágico dos fatos?
Até quando a impotência
que mortifica a alma
poderá se prolongar?
Até quando sentimentos humanos
serão vítimas
das letras frias de um contrato?
das letras frias de um contrato?
Até quando haverá medo
de se perder
e nunca mais se encontrar?
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