Uma pausa na política nacional. Não
podia deixar passar a entrevista concedida à Folha, nesta quarta-feira, por Carlos
Miguel Aidar, presidente do São Paulo (leia aqui). Aidar afirma ter encontrado o
SPFC “muito pior do que imaginava”, e constata o óbvio: “o São Paulo parou no
tempo”. Foi justamente essa evidência que fez com que muitos – o autor deste
blog, inclusive – apoiassem (em meu caso, à distância) a oposição nas eleições
do São Paulo, ocorridas em abril.
Não vou entrar na questão, aqui,
sobre a “traição política” de Aidar, que só venceu o pleito graças ao apoio de
Juvenal Juvêncio – o mesmo Juvenal que, agora, ele acusa de ter endividado o
clube além do que se sabia e de administrá-lo de modo ultrapassado. A meu ver, é
pouco crível que o atual mandatário são-paulino não tivesse ciência da situação
do clube e, sendo candidato da situação, soa estranha a acusação à (falta de) competência
administrativa de seu predecessor. No entanto, o que mais me interessa, nesse
momento, é sua salutar disposição em mudar os rumos do clube nos próximos anos:
equacionar as dívidas e impor uma administração mais profissional, sem
descuidar do time de futebol – que é a razão de existir do SPFC.
Como o próprio presidente
reconhece, a tarefa é difícil. Mas, felizmente, os alertas que muitos faziam há
tempos em relação ao anacronismo representado por Juvenal Juvêncio, foram
captados por Aidar. Que ele consiga, então, recolocar o São Paulo em sua trilha
natural de conquistas, fazendo do clube, novamente, um modelo para os demais. É
o que os são-paulinos mais desejam!
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