O trabalho de Muricy Ramalho à
frente do São Paulo tem sido incrível. Quando ele foi contratado, tinha
esperança de que pudesse salvar o time do rebaixamento. Esperava algo como uma
salvação na última rodada, aquela coisa dramática de sofrimento até o fim. Mas,
a encomenda saiu-se melhor do que eu, e imagino que qualquer são-paulino
imaginava. Muricy não apenas recuperou jogadores, como Ganso, Maicon e Aloísio,
ou conseguiu fazer com que outros meia-boca, como Ademílson, Reinaldo ou Paulo
Miranda não comprometessem a estrutura do time. O maior mérito de Muricy, a meu
ver, foi ter reerguido o moral do time, feito do São Paulo, novamente, um time
grande, mesmo que com um elenco limitadíssimo. A torcida comprou a ideia e o
resultado se mostra na tabela. Estamos a dois ou três pontos de nos livrarmos matematicamente do rebaixamento (com 21 a disputar), sonhando com um
bi-campeonato da Sul-americana e, mais importante, jogando, dentro das possibilidades,
um bom futebol, de cabeça erguida e ofensivo.
Claro, o sucesso de Muricy não
pode apagar o fato de que só chegamos naquela situação dramática, a pior de
nossa história, graças aos erros frequentes da diretoria e, sobretudo, de
Juvenal Juvêncio. Espero que, no próximo ano, a nova diretoria (e espero que
seja nova mesmo, pois acredito que uma vitória da oposição seria salutar para o
clube neste momento), veja no terceiro mandato de Juvenal o exemplo do que não
fazer com o clube, e comece a reconstruí-lo na direção vitoriosa que
caracterizou as últimas décadas do tricolor paulista. Nesse sentido, ter alguém
como Muricy no banco será um ponto de apoio importante para que, em 2014, não
celebremos apenas a permanência na série A.
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