Hoje vou postar dois poemas de minha autoria. O primeiro é inédito, e foi escrito em meados de 2007. O segundo, desse ano, foi recentemente publicado na edição 2 do Projeto 7faces - caderno-revista de poesia (link aqui).
Sonhos
Sonhos,
sonhos destinos são,
meninos
despidos
do passado que se esquece,
do futuro, uma ilusão
adoece
em cada peito honesto,
em cada gesto,
em cada mão.
Teu ontem morreu afogado
no copo, no amargo da saliva,
na tua certeza de aprendiz,
o último suspiro antes daquele beijo.
Mas sobrou a roupa rasgada,
a folha rasgada,
o coração rasgado pelos dias
e pelas facas
Mente, disfarça,
finge ser pedra,
porque as pedras não matam
Os homens matam,
as pedras não matam
As pedras, pedras são
Os homens não são
pedras,
são vivos – coração.
E matam:
de morte verdadeira,
de morte matada,
de amor,
de indiferença
e solidão.
Céu de anil
Chuva forte,
céu de anil,
sem luar.
(E cada gota é um pedacinho
de estrela que vem me beijar)
Gosto muito deste segundo poema.
ResponderExcluirParabéns!
Muito obrigado Angel!
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