domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Rousseff, presidente do Brasil!

O Brasil vai seguir mudando! Esse é o recado que saiu das urnas neste 31 de outubro de 2010. Confirmando a tendência das pesquisas, a mineira Dilma Rousseff, do PT, foi eleita neste domingo a primeira mulher presidente do Brasil. Com quase 56 milhões de votos, 56,05% do total, a candidata petista derrotou o tucano José Serra, que ficou com menos de 44 milhões de votos, 43,95% do total.

Este blog, que apoiou desde o início a candidatura da companheira Dilma, tem muito orgulho de, neste dia 31 (data particularmente especial para o signatário destas linhas), poder saudar mais uma vitória presidencial do PT e escrever um post com o título: “Dilma Rousseff, presidente do Brasil”. Em breve, tentarei escrever um pouco mais sobre o significado dessa vitória, bem como sobre os rumos do futuro governo. Mas agora, mais do que nunca, é hora de dizer com muito  orgulho: boa sorte, presidente Dilma, estamos com você! Viva o povo brasileiro!

*Leia, aqui, os 13 eixos do programa de governo de Dilma Rousseff.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Um pouco da história do Halloween

O próximo domingo, 31/10, é um dia muito especial. para mim. Não apenas por conta das eleições, mas porque comemoro mais um ano de vida (25). E como vocês devem saber, também é Dia das Bruxas ou, mais precisamente, Halloween. Por isso, numa espécie de auto-homenagem, resolvi escrever um pouco sobre essa data, bastante festejada em países anglo-saxões, e que, pouco a pouco, vem ganhando espaço também em outros países, como o Brasil (aqui, creio eu que graças, sobretudo, à influência cada vez mais sentida das escolas de inglês). Como vocês irão notar, a festa tem muito pouco ou nada a ver com bruxas propriamente ditas, embora se trate de uma celebração de procedência místico-religiosa.

O Halloween tem sua origem num ritual dos druidas, sacerdotes (e também mestres e juízes) dos celtas, povo que habitava a região norte da Europa (atual Grã-Bretanha) desde o ano 200 a.C. aproximadamente. Na tradição celta, entre os dias 30 de outubro e 02 de novembro (do nosso calendário, claro) era comemorado o Samhain (pronuncia-se sow-in). O festival de Samhain (em gaélico, literalmente, “fim do verão”) celebrava o final da “metade mais clara” e início da “metade mais escura” do ano (isto é, o fim do verão e o início do inverno), marcando o início do ano novo celta. Era um momento de culto aos mortos e um agradecimento pelo ano que acabava. Durante o festival, a rígida estrutura social celta era quebrada, e as pessoas poderiam fazer coisas que normalmente eram inaceitáveis por aquela sociedade. Uma prática comum nesses dias era a adivinhação, que muitas vezes envolvia o uso de alimentos e bebidas.

Na noite do dia 31, acreditavam os celtas, as leis de espaço e tempo eram suspensas, a fronteira entre este mundo e o outro (dos mortos e dos espíritos) se tornava mais estreita, permitindo que forças sobrenaturais, fantasmas e espíritos vagassem livremente por aqui. Dizia-se que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.

Por isso, os celtas ofereciam a esses espíritos sacrifícios de animais, e colocavam alimentos nas portas de suas casas, com o intuito de agradá-los, bem como para impedir que espíritos nocivos interferissem em suas vidas, seja levando-os, a contragosto, para o outro mundo, seja prejudicando o sucesso das colheitas do ano seguinte. Além disso, vestiam trajes e máscaras especiais para afugentar tais espíritos malignos.

As fogueiras desempenhavam um papel essencial nas festividades. Grandes fogueiras, simulando o sol, eram acesas nos vilarejos pelos druidas, (inclsuive os ossos dos animais abatidos para o culto aos mortos eram lançados em suas chamas) com o intuito de obter bençãos dos deuses no próximo ano, bem como sucesso nas colheitas. Com efeito, o Samhain era também o tempo de fazer o balanço das entregas de alimentos e animais de abate para os estoques de suprimentos que garantiriam a sobrevivência durante o inverno, bem como para discutir assuntos importantes concernentes ao povoado, em temas como justiça e política.

A festa continuou a ser celebrada depois da conquista romana dos antigos territórios celtas. Já o nome Halloween, ao que tudo indica, deriva do inglês antigo. A primeira aparição dessa expressão se dá no século 16 e representa uma contração errônea de All Hallows-Eve, isto é, a véspera do Dia de Todos os Santos (All Hallows Day). Esta data foi instituída pelo Papa Bonifácio IV, e era celebrada no dia 13 de maio. Porém, em 835 o Papa Gregório III alterou o Dia de Todos os Santos para o primeiro dia de novembro, visando unir as crenças cristãs e pagãs, aproximando as datas comemorativas, bem como apaziguar os conflitos entre esses povos. Assim, os cristãos celebravam o dia dos santos falecidos no dia posterior ao rito pagão. Desta forma, a expressão Halloween tornou-se sinônimo da celebração pagã de 31 de outubro. A incorporação da figura das bruxas à data deu-se muito depois, durante a Inquisição Católica, no final da Idade Média. Nessa época, os suspeitos de não compartilhar a fé cristã eram considerados bruxos ou bruxas, e queimados em grandes fogueiras, que lembravam aquelas do antigo ritual celta.

Já no século XIX, a festividade foi levada aos Estados Unidos por imigrantes irlandeses, onde se popularizou enormemente, ganhando ares mais leves, diferentes dos originais, concentrando-se mais na parte festiva (por exemplo, com o famoso Trick-or-treat? das crianças, e com as fantasias de monstros e bruxas).

A referência simbólica mais famosa ao Halloween são as famosas abóboras recortadas iluminadas, com aparências demoníacas. Elas se chamam Jack-o-Lantern. Sua origem é encontrada no folclore irlandês (mesma região dos antigos celtas). Reza a lenda que um homem chamado Jack, notório beberrão e trapaceiro, esculpiu uma cruz no tronco de uma árvore, prendendo o diabo em cima dela. Depois disso, Jack firmou um trato com o Diabo: se ele nunca o atormentasse, Jack apagaria a cruz do tronco e o deixaria descer da árvore. Depois que Jack morreu, sua entrada no Céu foi recusada devido ao seu pacto com o Diabo. No inferno, também não foi aceito, devido a suas trapaças. Porém, o Diabo concedeu a Jack uma única vela para iluminar seus caminhos. Sua chama teria que ser preservada eternamente, então Jack a colocou dentro de um nabo oco, e esculpiu alguns furos para dar passagem à luz emitida pela chama.

Originalmente, portanto, as "Lanternas de Jack" eram feitas com nabos. Mas quando os imigrantes irlandeses chegaram aos Estados Unidos, em 1840, encontraram as abóboras que são muito mais adequadas. Assim, a abóbora tornou-se o principal símbolo contemporâneo do Halloween.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Marilena Chauí explica porque votar Dilma e não Serra

De maneira simples, mas brilhante, como é seu usual, a filósofa e professora da USP Marilena Chauí explica, nestes quatro pequenos vídeos abaixo, porque votar em Dilma e não em Serra no próximo dia 31 de outubro. Em sua análise, Marilena concentra-se, sobretudo, em expor a ameaça que uma eventual vitória tucana representará para a democracia, os direitos e os avanços sociais e ambientais conquistados ao longo do governo Lula.









sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Poderoso Chefão - parte I (The Godfather - part I)

Caros vistantes, confesso que ando meio sem tempo de escrever no blog com mais assiduidade e com mais profundidade. Vários compromissos, sobretudo acadêmicos, acabaram por fazer minhas últimas semanas mais corridas que o habitual, fato que deverá se repetir nas próximas.

Gostaria de falar um pouco sobre o que anda ocorrendo na campanha presidencial, do absurdo a que se chegou na questão do aborto (em que se confunde religião e saúde pública, opiniões e crenças pessoais com deveres do Estado) e como, com ela, o candidato tucano busca fugir do debate de projetos para o país (talvez, porque, como eu já disse aqui em outras oportunidades, ele não tenha um), fazendo uma campanha que só ajuda a fomentar a intolerância, o ódio e o preconceito, além de despolitizá-la completamente.

Mas, por enquanto, não escreverei nada específico a respeito. Talvez na próxima semana, se houver tempo e eu tiver cabeça. Por enquanto, deixo vocês com imagens de meu filme preferido: "O poderoso chefão - parte I". Quem não viu, deve ir correndo ver. O filme é brilhante em vários aspectos: enredo (baseado no romance homônimo de Mário Puzo), direção, (Francis Ford Coppola) atuação (Marlon Brando e Al Pacino se superam), trilha sonora (tanto a música tema, que toca no vídeo abaixo, quanto o "love theme" , ambas escritas por Nino Rota, são espetaculares), fotografia, etc. Enfim, na minha opinião (ainda que seja uma opinião de quem, na verdade, não entende quase nada de cinema! rsrs) é um dos melhroes filmes de todos os tempos. Divirtam-se!

***

O Poderoso Chefão - parte I (The Godfather - part I)

Ano: 1972
Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: Francis Ford Coppola, Mario Puzo
Gênero: Drama/Policial
Origem: Estados Unidos
Duração: 175 minutos
Elenco: Marlon Brando, Al Pacino, Robert Duvall, James Caan, Diane Keaton.

Sinopse: Nova Iorque, 1946. Don Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma  das famílias mafiosas italianas mais poderosas da cidade. Tem o costume de "apadrinhar" várias pessoas, realizando importantes favores para elas (daí o nome original do filme, The godfather, em inglês, "O padrinho"), em troca de favores futuros. O comércio da máfia restringia-se, à época, a produtos  "inofensivos" como bebidas alcoólicas. Com a chegada das drogas, as diversas famílias começam uma disputa pelo novo e promissor. mercado Quando Corleone se recusa a corroborar com a entrada dos narcóticos na cidade, não oferecendo a ajuda política e policial de que dispõe, sua família começa a sofrer atentados para que mudem de posição. É nesse cenário que seu filho Michael (Al Pacino), um herói de guerra que jamais havia se interessado pelos negócios da família, vê a necessidade de proteger o seu pai e tudo o que ele construiu ao longo dos anos. 



sábado, 9 de outubro de 2010

A vez de Carpegiani

No último domingo, enquanto o Brasil votava, e decidia por levar Dilma e Serra para o segundo turno, o São Paulo anunciava a volta de Paulo César Carpegiani ao comando técnico da equipe. De cara, não me empolguei. Carpegiani nunca foi um técnico de ponta. Não sei se é um técnico à altura do clube que dirige mais uma vez. A primeira passagem, em 1999, não deixou saudades. E, em outros grandes times, também não emplacou. Seus grandes trabalhos foram em 1981, campeão mundial ainda muito jovem com o Flamengo, e em 1998, quando dirigiu o Paraguai na Copa da França. Mas, de qualquer forma, é preferível em relação a Baresi. Além disso, não se pode negar que o treinador vinha fazendo um grande trabalho à frente do Atlético Paranaense. Vamos ver se sua boa fase se confirma. Claro que, para isso, ele precisará contar com o apoio da diretoria, sobretudo no que diz respeito a trazer reforços para a equipe que, independentemente do treinador, tem muitas (e algumas graves) carências.

Por enquanto, pouco tenho a dizer sobre o novo técnico do São Paulo. Nesse momento, o que todo são-paulino pode fazer é apenas desejar-lhe boa sorte. E torcer para que ele faça do SPFC um clube novamente vitorioso. Ou que, ao menos, faça com que ao o time entre em campo tal postura, o que há tempos não ocorre nos lados do Morumbi.


domingo, 3 de outubro de 2010

Derrotar a direita!

Nesta segunda-feira, 04/10, parto logo cedo para o XIV Encontro da ANPOF (Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia), que será realizado em Águas de Lindoia-SP. Até lá, meu acesso à internet ficará restrito. Por isso, escrevo esse post agora, comentando rapidamente, ainda no calor dos acontecimentos, alguns fatos das eleições deste domingo.

Em primeiro lugar, lamento profundamente a opção dos eleitores de SP por optarem pela continuidade do governo tucano no estado. Só temos a perder com mais 4 anos de aprovação automática nas escolas, pedágios elevados, descaso com a área social, baixos salários aos servidores, etc. Mas, enfim, Alckmim foi eleito. Nada mais a fazer, senão fiscalizar seu governo e cobrar.

Quanto a Tiririca, e seus 1 milhão e 300 mil votos, nada a dizer, só mesmo a lamentar.

E, no que diz respeito ao cenário nacional, ficou provado que a onda de ataques a Dilma, sobretudo via internet, surtiu efeito, revertendo muitos de seus votos para Marina. Ainda assim, o cenário continua animador para a petista que, no segundo turno, além de manter seu eleitorado, deverá conseguir aproximandamente 4% dos votos depositados na candidata do PV para se eleger. Tarefa mais fácil, matematicamente pelo menos, do que a do tucano José Serra.

Contudo, não devemos ter dúvidas de que, fortalecidos, após ressucitarem uma candidatura praticamente morta, PSDB, DEM e seus tradicionais aliados (com apoio inclusive de uma fatia importante do PV) virão com tudo para cima de Dilma e do PT. Portanto, mais do que nunca, a palavra de ordem, já a partir dessa segunda-feira, deverá ser: voto Dilma para derrotar a direita conservadora e retrógrada!