quinta-feira, 10 de abril de 2014

Mais do mesmo

No último sábado, a eleição para novos conselheiros do São Paulo praticamente sacramentou a vitória da situação e de seu candidato à presidência, Carlos Miguel Aidar, nas eleições do próximo dia 16. Uma verdadeira lástima.

Aidar representa o continuísmo de práticas e ideias que fizeram o tricolor paulista retroceder incrivelmente nos últimos anos. Aliás, a melhor definição sobre o que representa a vitória de Aidar foi dada não por um são-paulino, mas por um ilustre rival, o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que declarou em recente entrevista à ESPN Brasil: “Para o Corinthians é melhor que ganhe o Aidar. O Abdalla e o Marco Aurélio Cunha [respectivamente, candidato à presidência pela oposição e provável diretor de futebol no caso de uma derrota da chapara situacionista] são mais modernos. O Aidar vai continuar tudo da forma que vocês sabem”. Creio que não precise dizer mais nada. Até um arqui-rival percebe que o São Paulo precisa reencontrar seu caminho.

Contudo, a essa altura, só resta aos são-paulinos torcer por um mínimo de bom senso de Aidar – bom senso que Juvenal havia perdido completamente nos últimos anos –, o que poderia evitar um cenário, a meu ver, extremamente preocupante. Infelizmente, no entanto, as recentes declarações do provável novo presidente no que diz respeito à “qualidade” do elenco, sua postura em relação aos rivais (especialmente a obsessão infantil em cutucar sem motivo o Corinthians) e sua ligação íntima com a CBF (entidade da qual é advogado) não sinalizam a mudança que o São Paulo precisaria para os próximos anos.

Atualização: com desistência de última hora de Kalil Rocha Abdalla (com o intuito de impedir o quórum  no Conselho para a votação da cobertura do Morumbi), Carlos Miguel Aidar foi proclamado o novo presidente do São Paulo. Não retiro nada do que disse no post de semana passada sobre o novo presidente. Mas lamento - e muito - o papelão do candidato da oposição ao desistir covardemente momentos antes do pleito. Demonstrou não estar à altura de presidir um clube da grandeza do São Paulo (16/04).

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