sexta-feira, 15 de abril de 2016

O tribunal da História

A foto que ilustra esse post foi tirada no momento em que o presidente da Câmara dos Deputados e réu no STF, Eduardo Cunha, abria a sessão de hoje, que culminará na votação da aceitação de abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma por parte daquela Casa.

Uma rápida pesquisa na internet esclarece quem são essas figuras e o que defendem, o que já fizeram e porque estão ali. No entanto, é forçoso constatar que a maioria das pessoas parece completamente anestesiada (pela ignorância, alienação, e/ou pelo ódio) diante do roteiro surreal do período em que vivemos.

Certa vez, um conhecido filósofo (embora, paradoxalmente, muito pouco lido) – Karl Marx – atestou o seguinte: “do mesmo modo como não se diz o que um indivíduo é pelo julgamento que ele faz de si mesmo, também não se julga uma época de transformação pela consciência que ela tem de si”.

Não tenho dúvida de que, no momento em que as paixões políticas do presente tiverem desaparecido, as futuras gerações darão um veredito mais sereno e preciso daquilo que está ocorrendo em nosso país. Não seremos nós, portanto, mas é a História que saberá julgar nossas posições e atitudes, dando a elas seu devido valor. Contudo, parece imprescindível alertar, especialmente quem hoje se encontra ao lado das pessoas da foto: como a própria História nos ensina, seu tribunal costuma ser implacável com quem erra de lado – ainda que o faça na melhor das intenções.

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