sábado, 24 de julho de 2010

Mano na seleção

Bem, depois do vexame com a recusa de Muricy Ramalho, Mano Menezes disse sim, e é o novo técnico da seleção. Com o fato inusitado, mas de uma dignidade ímpar, ocorrido ontem, e diante da aparente indisposição de Felipão ou dos boatos sobre probelmas com jogos de azar de Luxemburgo, Mano era a opção que restava.

Diferentemente de Muricy, Mano destacou-se por seus títulos na série B.Venceu a Copa do Brasil do ano passado, com Ronaldo voando  (para os padrões brasileiros) na reta final e, antes, em 2007, no Grêmio, tinha sido vice-campeão da Libertadores.

O fato é que, após termos ido a uma Copa sem um técnico de verdade (2010), e com um com pouca vontade de ganhar (2006), dessa vez teremos um técnico de verdade, e muito disposto a mostrar serviço. Mano sabe armar times, especialmente o setor defensivo, e é daqueles técnicos que tem prazer no que fazem. Nesse sentido, nada tenho a contestar.

Tenho, porém, uma restrição ao Mano - aquilo que também o diferencia de Muricy: sua índole. Não, não estou dizendo que Mano seja da estirpe de seu novo chefe, longe disso. Mas, em alguns momentos, seu comportamento demonstrou, para mim pelo menos, traços que não me parecem salutares, seja para o técnico da seleção, seja para qualquer um de nós. Não vou nem falar dos boatos que rolam pela internet , de um suposto favorecimento a empresários de jogadores em troca de comissões. Lembro-me, porém, de um fato bastante público, ocorrido ano passado, daqueles que, na minha opinião, são bastante reveladores da personalidade alguém. Era o jogo São Paulo X Corinthians,  o primeiro do meu time após a queda de Muricy. Na ocasião, Milton Cruz dirigiu o SPFC e, ao se dirigir ao árbitro, após o jogo, (que o São Paulo perdeu) para reclamar de algum lance, ouviu de Mano algo como "você é auxiliar, não tem direito de reclamar de nada". Talvez seja ranhetice da minha parte, mas, principalmente após esse episódio, comecei a olhar Mano com alguma desconfiança. No mínimo, é uma ato de pouca civilidade. (e não foi o único). Curiosamente, um ano depois, o Corinthians de Mano seria eliminado da Libertadores pelo Flamengo de Rogério Lourenço, à época, também um auxiliar técnico, que assumiu o time após a demissão de Andrade, nas vésperas do jogo contra o time de Parque São Jorge.

Bem, de qualquer forma, é preciso torcer para que Mano leve a cabo a renovação da seleção, e, consequentemente, cheguemos fortes à Copa de 2014. Boa sorte!

2 comentários:

  1. Caro amigo não acuse sem ter provas, não acusou mas jogou no ar que o mano da previlegios a seu empresario... E referindo a ele ter chamado o milton crus de auxiliar, vc sabe a razão??? Mano é amigo do Muricy do tempo de Porto Alegre um no Gremio outro no Inter, eram vizinhos e sempre foram proximos. E naquele jogo que citou, rolou a noticia que milton cruz (homem forte na comissão tecnica do SPFC) foi um dos responsavel pela demissão do Muricy e por isso as provocações de jogo.

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  2. Realmente, não acusei. Inclusive falei que eram boatos. Mas, que existem esses boatos existem, e não se pode negar. Não há esse tipo de insinuação em relação, por exemplo, a Muricy ou a Felipão. E não creio que Mano disse aquilo para o Milton por conta de sua amizade com o Muricy. Como eu disse no texto, a reação flagrada pela câmera foi de alguém tentando impor sua autoridade às custas de seu cargo. É minha opinião.

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