Entre os dias 1º e 7 de setembro, setores organizados da
sociedade farão, em todo o Brasil, um plebiscito popular por uma Constituinte
exclusiva para a reforma política. Com valor apenas consultivo, o plebiscito
contará com uma única pergunta: “Você é a favor da convocação de uma Assembleia
Constituinte exclusiva para a reforma política?” A iniciativa é importante,
entre outros motivos, porque sintonizada com as aspirações dos movimentos que
eclodiram em junho do ano passado e com a força política surgida de lá para cá,
especialmente entre os jovens. Com efeito, a reforma política é o primeiro
passo para a realização das mudanças estruturais justamente cobradas nas ruas,
e que o Congresso, em sua maioria tomado por parlamentares preocupados apenas com seus interesses, frequentemente bloqueia.
Escrevi um texto a respeito do plebiscito e da importância da reforma há algumas
semanas, publicado na revista Teoria
e debate (leia aqui). Depois disso, vale observar, a entrada de
Marina Silva na disputa presidencial reacendeu a polêmica acerca de uma
"nova política". No entanto, não podemos nos deixar enganar: não há atalhos, soluções mágicas, ou messiânicas. Não pode haver mudança na forma de se fazer política sem
mudança nas regras do jogo! Por isso, para que as transformações
que tanto ansiamos saiam do papel, é imprescindível uma reforma política. Assim, se você quer outra política, um
salto de qualidade nos serviços públicos ofertados pelo Estado, reformas de
base como a agrária, a urbana e a tributária, maior participação e uma maior sintonia entre a
classe política e as necessidades populares, não deixe de participar do plebiscito popular
nessa semana!
Maiores
informações e locais de votação: http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/
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