quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Filho único

Deixo vocês com um poema autobiográfico, que escrevi há alguns anos, chamado "Filho único". Em parte, ele foi inspirado na música homônima do grande Cazuza. Daí, talvez, uma visão um pouco mais negativa desse fato do que a que tenho hoje.

Muitos acham que ser filho único é uma benção. Não ter que brigar por espaço com irmãos, por atenção dos pais, etc. Outros, que todo filho único, justamente por isso, é mimado, ou egoísta por natureza. Eu acho que já experimentei um pouco dos dois lados. Já vivi o melhor e o pior dessa situação. Mas, sicnceramente, não tenho opinião formada sobre as vantagens e as desvantagens disso. Na verdade, acho que não há fórmula pronta. Por exemplo, há muita gente egocêntrica e indfiividualista que tem uma penca de irmãos. Outros, filhos únicos, que são extremamente generosos e solidários. A única coisa que posso afirmar é que ser a única criança da família foi importantíssimo para ser quem sou hoje. Para o bem e para o mal rsrs.


Filho único

Eu acredito em gigantes
escondidos em moinhos flutuantes
sou filho único, infeliz,

que não se cansa em repetir
o roteiro pecado de um anjo caído
escrito a álcool em fresco verniz

(Jovem socialista, maldito
brasileiro, assisto todos os dias
os capítulos do nosso sacrifício)

Sou filho único, egoísta,
que conta milhares de mentiras
e foge correndo da luz do sol...

Eu acredito em fantasmas
deixando suas covas rasas
e dormindo debaixo do meu lençol.

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